sábado, 30 de maio de 2009

pensando

É muito bom mudar de opinião, às vezes. Não entendo quando alguém diz enchendo a boca: "só me arrependo das coisas que não fiz". Eu não, sempre me vem à cabeça alguma mancada... Enfim, mudei pra valer meus conceitos sobre prisão.
A partir do momento em que se estabeleceu que uns exerceriam trabalho físico e outros exerceriam o trabalho intelectual, ficou bem claro quem ia se ferrar até o fim da história. Então, aqueles a quem a sociedade mais precisava ajudar e no entanto sempre virou as costas, aqueles são os encarcerados do nosso sistema; eles são culpados e vítimas, na verdade tentam recompensar as misérias de suas vidas de uma forma tosca, incompreensível. E a justiça não ocupa na vida deles o lugar que ocupa na nossa, por exemplo, apenas porque eles sempre ficaram com o pedaço menor do bolo. De fato, ou sem pedaço nenhum.
Não vou entrar aqui no debate "eles vivem em péssimas condições", apesar de partilhar dessa opinião, porque sei que uma porção de gente vai pensar "eles são uns vagabundos que comem às nossas custas".
Eu só quero abrir um debate sobre o papel da Educação nessas instituições. Bem, esse é o tema de uma pesquisa que a gente está fazendo lá na UNIFESP, sobre a Fundação Casa, antiga FEBEM. Educação para o trabalho, Educação para emancipação do indivíduo? Eu gostaria de recolher opiniões sobre o tema, a fim de enriquecer minha pesquisa.
Obrigada.

Em julho vou para Recife! Posso trazer conchinhas e potinhos de areia a quem solicitar.
Abraços!

Ah, deixo aqui manifesta minha indignação com um quadro do programa "Zorra Total" da Rede Globo, o qual retrata um office boy como um idiota, fútil, que fala tudo errado, com sotaque paulistano mal feito... Se eu fosse office boy ia correr atrás dos meus direitos e processava a Globo. Alguém já processou a Globo? Dá pra fazer isso? Você vive pra ver sua causa chegar a algum lugar? Enfim, o quadro é de péssimo gosto, assim como todos os outros do programa; pra falar a verdade o humor na Rede Globo deixa muito a desejar, eles sempre têm que apelar a piadas maldosas e preconceituosas, vide "Casseta e Planeta" e "Toma lá dá cá". Hipocrisia é colocar um "proibido para menores de 12 anos" na frente e achar que tá tudo bem, que a criança ao ver o aviso se retira e vai dormir. Mas isso é conversa para outras postagens que virão.