quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

abre a porta e a janeelaa

Mais um ano vai embora e eu sou uma otimista incorrigível, a pessoa mais esperançosa do Universo (e a mais exagerada também).
Sim, declarei na última postagem que fazer o bem é serviço diário e não de fim de ano, não me contradigo. É que algumas mensagens são absorvidas com mais facilidade nessas datas nas quais as pessoas resolvem não se matar.

Um grande salve para toda rapazeada que fez bonito em 2008 e uma grande vaia para aqueles que fizeram feio. Comigo, um grande "UUUUUUUUHH" para o ex-reitor da Unifesp, outro para o governo chinês, outro para o senhor Bush, outro para as meninas bobocas que fugiram de casa em busca de aventuras, pois passear em NY perdeu a graça para elas, e outro "UUUUUUUUHH" ainda maior para todos aqueles que escondem por trás de um discurso bonito sentimentos muito maldosos, sim, uma grande vaia aos pseudo-revolucionários, eles encheram o saco esse ano!

Minha grande admiração e carinho àqueles que gritam e jamais são ouvidos, aos silenciados pelos mais poderosos, aos delicados, aos que resistem e nunca deixam de sonhar.

Hoje vou mandar um beijo para cada pessoa da minha pequena família, um abraço forte aos amigos e outro especial para você, eventual visitante que chegou até aqui.

Comece bem 2009, plante uma árvore!

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

espírito capitalino

É tão deprimente todo esse altruísmo de fim de ano. Não canso de reclamar sobre isso, vou manifestar minha indignação sempre que puder!
A gente deve se ajudar e viver em harmonia todos os dias, não só no Natal.
Digo isso porque depois das festas de fim de ano tudo é sempre igual: cada um volta a olhar para o próprio umbigo, fulano sente-se extremamente humanitário por ter presenteado uma criança órfã com um brinquedo usado, sicrano por ter doado um quilo de alimento não perecível a uma instituição filantrópica.
Poxa vida, não é errado fazer isso, pelo contrário, é sinal de que as pessoas ainda acreditam nelas mesmas, fazem da felicidade do outro parte da sua própria felicidade.
O que está em jogo aqui é como esse sentimento bonito é convertido num produto de mercado, que tem validade até o fim do ano, sacaram?
Outra coisa que me deixa indignada: analisar artefatos natalinos. Todos relacionados à neve, ao inverno rigoroso; o coitado do Papai Noel de shopping ou supermercado quase morre de calor dentro daquele montão de roupas, com aquela barba pinicando. Por que a gente não aceita de uma vez por todas que o Brasil é um país tropical, que o nosso 25 de dezembro é verão, tem sol, flores e frutas? Por quê??
Quinhentos milhões de pessoas já falaram desse assunto e compartilham da minha opinião, sou redundante, cansativa, e não vou parar de reclamar. E se me perguntarem o que eu acho do Natal, responderei sem hesitar: a data mais bonita do ano, e também a mais triste.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

serena

Estive pensando sobre a vida, posso dividir com vocês? Cheguei a algumas conclusões, não sei se fazem sentido para alguma pessoa além de mim, mas enfim.

"Eu te amo" é muito pequeno. Não fico dizendo que amo as pessoas, apenas sinto em meu coração e deixo que elas descubram sozinhas. Porque o grande sentimento é aquele que todo mundo conhece, mas ninguém sabe explicar. Talvez nem precise, talvez só isso faça sentido... O silêncio.
Eu descobri porque detesto matemática. Busquei lá no fundo da memória. Tive um professor, o Renzo, espero que ele leia essa postagem, ele brigava comigo porque eu era distraída. Me botava bem longe da janela, só pra eu não ficar olhando o céu e acenando ao Barbosa, o camarada que passava na rua com uma garrafa de 51. Aí esse professor implicava tanto comigo, só pedia as respostas pra mim: "Ana, quanto vale pí?" "Ana, ache a raíz de três" "Ana, resolva essa equação".
Professor Renzo, o senhor fez de mim uma pessoa pior, que tem ojeriza à álgebra. Espero que o senhor se arrependa.
Gostaria de falar das coisas que gosto, são muitas essas coisas. Também há que se buscar lá no fundo do baú a origem de tudo. Por exemplo, meu gosto por plantas deve remontar lá na minha infância, naquela época em que eu jogava sementes no barranco com meu pai e depois levava uma garrafa de refrigerante cheia de água pra regar. A satisfação era ver o pé de manga crescer bem bonito!
Outra coisa que eu gosto é filme de terror. Isso eu lembro bem como começou, foi na época que eu tinha uma babá, minha primeira e grande amiga, a Cristina. Ela, meu irmão e eu assistíamos A Hora do Pesadelo! E a gente achava tudo aquilo o máximo. Não sei se o filme passava demais na televisão ou se ela tinha a fita, mas a gente sempre via antes de dormir. Freddy Krueger pode parecer assustador no começo, mas depois a gente percebe o quanto ele é bobão. Agora, um vilão que me faz tremer nas bases é o Dr. Hannibal Lecter! E olha que esse nem se enquadra em filme de terror, dizem que é suspense.

Quanto a mim hoje: escrevo mal, como mal e durmo mal, sempre tenho pesadelo. Uma amiga disse que eu preciso orar antes de dormir, mas o que ela não sabe é que eu sempre faço uma oração, agradeço por tudo de bom que existe. Não frequento igreja, não posso dizer que tenho uma religião, mas sou uma pessoa de muita fé. Aliás, acho que todo o mundo é. A fé move as pessoas.
A explicação da vida é divina, mas não está na bíblia (creio eu).
Gosto de cores e letras, prefiro lápis à lapiseira, gosto do traço firme. Todas as cores e todas as letras são bonitas. Só que no que se refere às letras, eu prefiro as grandes, mesmo sendo a minha bem miudinha.
Ah! Gosto de comer coisas que fazem bem à saúde. Não porque fazem bem, apenas porque são mais digestivas. Mas acontece que ultimamente quase não sinto fome, que coisa esquisita!

Me descobri como grande contadora de histórias, acho que puxei meu vô. As crianças gostam de conversar comigo. Encontrei minha missão, agora é só realizar com amor.

O que acontece em meu coração?
Van Gogh me entenderia.