quinta-feira, 27 de março de 2008

o dia da minha morte

O texto se baseia em suposições. Não tive nenhuma visão ou algo do tipo. Provavelmente as coisas não acontecerão desse jeito, mas, se acontecesse, seria muito massa!

Eu só posso morrer depois de completar 83 anos, por causa de uma promessa feita a um grande amigo, certa vez. Então, vou partir daí; vou deixar essa vida mundana daqui, no mínimo, uns... 66 anos. Puxa, parece que tá perto! É bom começar a me preparar.
Bem, o ano em questão será 2074 (mas eu posso morrer depois também, sem problemas). É triste admitir o que nem a mais otimista das pessoas pode discordar: o mundo estará mais feio.
Ah, não acredito que existirão, como nos filmes, robôs que substituem pessoas, carros voadores etc. Também, se existirem, não importa. Eu serei professora aposentada, não vou ter dinheiro pra comprar essas coisas. Se para a sociedade atual o professor é um fracassado, não creio que essa visão mude daqui uns anos.
Voltemos à minha morte!
Quando achar que está chegando a hora, escreverei algumas cartas (assim como a Ana Terra, sempre achei muito bonito enviar e receber cartas). Aos meus filhos, amigos, alunos, ao amor da minha vida, ao presidente da República (esta última talvez nunca seja lida). Junto às cartas deixarei um CD (coisa rara pra época!) com a Valsa da Despedida, de João de Barro:

"Adeus, amor
Eu vou partir
Ouço ao longe um clarim
Mas onde eu for irei sentir
Os teus passos junto a mim (...)"

Aí vai chegar o dia, e eu saberei. Vou encontrar com o mehor amigo que tive e sentaremos embaixo de uma árvore, em algum lugar que dê vista pro mar. Eu vou levar uma garrafa térmica com chá e uns biscoitos. Então ele chega e diz: "Como vai, Ana?" "Não poderia estar melhor, Werner." Ele senta, a gente conversa, relembra velhas histórias e ri um bocado. Aí eu penso que a minha vida foi legal e eu pude fazer coisas realmente boas às pessoas.
Nessa hora o sol começa a nascer e eu olho o mar pela última vez. Penso que é hora de me despedir. "Foi uma grande honra te conhecer, meu amigo." Ele sorri, eu fecho os olhos lentamente e os primeiros raios de sol chegam até mim. Nessa hora minha alma passeia por um lugar já muito longe daqui...
À tarde será meu enterro e lá estarão pessoas queridas e um pouco tristes porque eu fui embora pra sempre.
O sol está se pondo, assim como eu.
Eis o epitáfio: All in all is all we are (afinal é tudo o que somos). Em referência a uma banda que gostei bastante quando jovem, Nirvana.
Aí acaba!

Ufa! Agora tenho que me cuidar direitinho para que tudo ocorra como o planejado. Olhar para os lados ao atravessar a rua, beber pouco, não usar heroína, fumar... etc.

[Desconsiderem os possíveis erros de português, eu tô com preguiçaa!]

4 comentários:

Ana Carolina disse...

é que eu ando assistindo Queridos Amigos

haha xD

Werner disse...

Nossa Ana, a cada post seu, me parece que você usa mais o coração do que a cabeça para escrever.

Eu também tenho planos de morte, sei lá, sempre imaginei essas coisas, sou meio estranho.

Espero que possamos nos reencontrar aos 83, para tomar chá, e conversarmos sobre nossa juventude. :)

A gente nem se comunica direito por msn/orkut, nem sei muito bem pq, mas eu acho que nossa amizade é muito mais do que poderíamos expressar através de um computador.
Obrigado por existir, você é parte essencial de minha vida.

A propósito, adorei o novo modelo do blog. :)

Zilinski M. disse...

Eu tinha uma visão romantizada da morte, há pouco tempo eu diria que só a morte libertaria... mas não, é uma idéia imatura. Hoje estou muito feliz. ^^

(mas creio que em 2074 eu não estarei mais por aqui...)

Vinícius disse...

:)