quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

ser grande é...


"Dança do Créu". Eu estava no salão esperando o meu irmão fazer dreads no cabelo, demorou de montão, umas 8 horas. Eu fiquei lá, esperando. Havia uma garotinha, ela era muito esperta, comunicativa, inteligente mesmo. Ela devia ter uns 8 anos, no máximo. E dançava, com a maior animação: "créu créu créu créu". As mulheres presentes no salão achavam engraçado, fofo, riam... Inclusive a mãe da garotinha.

Eu cresci ouvindo minha mãe dizer que ia morrer a qualquer momento. Porque tudo ia mal, porque a vida era cansativa demais, ela não ia aguentar muito tempo. Tenho 17 anos e minha mãe (que eu amo demais, é importante lembrar) está viva até hoje. Provavelmente ela nunca se deu conta do quanto fazia mal a mim e ao meu irmão isso que ela falava. Já passei noites sem dormir, pensando: "será que é verdade?" Ai, mãe, que bom ter você perto de mim!

Se eu pudesse fazer com que todas as pessoas do mundo me ouvissem, pediria, com muita fé: tratem com amor as crianças. E parem de falar que vão morrer.
Não incentivem a "dança do créu", não alimentem as crianças à base de hamburguer do Mc Donald's, elas precisam de legumes, arroz, feijão... Não prendam as crianças dentro de casa, elas precisam sair, brincar, fazer novos amigos. Conversem com elas como pessoas normais, não como se elas fossem bobas e não entendessem nada direito.
Por último, eduquemos as crianças com base em uma sociedade justa e igualitária! Sei que hoje em dia isso pode parecer uma utopia desvairada, mas são esses valores que devemos ensinar aos pequenos, porque o futuro pertence a eles.
Acho que já estou pensando como pedagoga. =P

Tratem com amor as crianças!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

rápido demais!

Outro dia eu estava no metrô e presenciei uma cena muito engraçada, mas que me mergulhou em profunda reflexão.
7 horas da manhã, o vagão estava lotado e quase ninguém conseguia se mover. Aí uma moça (pobre moça!) entrou e foi empurrada, ficando cara a cara com um rapaz.
Aí vem a parte engraçada: ele tentou beijá-la! Eu, na verdade, achei aquilo um absurdo... Mas, ao mesmo tempo, a situação era tão inusitada que não deu pra segurar o riso! (e a Gabri estava ao meu lado, ríamos juntas.)
A moça dizia: "Não..." E sorria discretamente.
O rapaz respondia: "Por que não?" E tentava uma nova investida.
Confesso que cheguei a ter raiva dele, que falta de respeito com a moça, e como ele era desagradável! Mas parecia que a ela se divertia com aquilo tudo e não queria escapar da situação constrangedora.
Bem, eu desci na República e acabou a história. Provavelmente os dois trocaram telefones ou saíram pra tomar uma breja... Coisa de gente descompromissada, vocês sabem!
Mas a cena ficou na minha memória.
Cara, eu não conseguia parar de pensar na cena!

O que me entristece é saber que as pessoas não se conhecem mais. Partem logo pra algo muito íntimo, na minha opinião. É como se o tempo gasto com uma boa conversa fosse tempo jogado fora. E tudo fica tão frio e superficial... Como a cena do metrô.
Não é bobagem, não é conservadorismo. São coisas simples e intrínsecas, pelo menos pra mim, como falar sobre Paz, Liberdade, ou sobre o filho que um dia eu quero ter, entendem?

Se eu tivesse um menino, o nome dele seria Miguel, por causa de um livro que eu li uma vez, sobre um certo Miguilim...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

nostalgia

A Amizade
faça a amizade é bom para você.
você tem quantos amigos?
pode ser que você não tenha nenhum amigo. (sic)
Estava arrumando uns papéis velhos aqui em casa e achei uma folha cheia de anotações que eu fazia quando era pequenininha. Estava escrito isso aí em uma delas. Eu não tinha amigos na primeira infância, só brincava com o meu irmão e com a moça que cuidava de mim, a Cristina. Eu sinto tanta saudade dela...
Ah! No auge dos meus 5 ou 6 anos eu também filosofava sobre a morte (ou a vida):
A vida
muitas pessoas morren com mais ou menos 3 anos 10 anos etc
morrer é bom eu acho mas eu não me preocupo com iço
vocês se preocupam com iço? (sic)
Tá, tá... "isso" com cedilha foi ótimo! Mas eu estava aprendendo a escrever, gente.
Só mais uma, pra fechar! Achei engraçadinho:
As coizas bonitas
As coizas bonitas são importantes para nos. (sic)
Então, pense nisso! As coisas bonitas são importantes para nós. E como são!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Carcará! pega, mata e come!

A verdade é que eu nunca gostei de estudar. Não fazia nada nas aulas de Física, Matemática, Biologia, Química... As únicas matérias que me agradavam eram História e Português (as aulas de História com um profº totalmente despreparado e as de Português com uma profª histérica). Eu até tive medo de repetir o ano, mas a minha antiga escola é uma maravilha, quase ninguém repete! (ETEC's, elite das escolas públicas no Brasil!)
Aí agora, no fim do ano, eu decidi que ia fazer faculdade. Quero ser alguém na vida, ora pois!
Prestei Pedagogia na UNIFESP e Letras na USP. Comecei a estudar Humanas, com base em alguns livros velhos aqui de casa.
Então, salva por Português e Redação, passei de 1ª chamada na UNIFESP. Oba!
Ontem saiu o resultado da USP. É, eu não passei... Ainda não vi a classificação, talvez dê pra entrar de 2ª, 3ª ou 4ª chamada. Tô com um pouquinho de esperança, apesar de ter ido muito mal em Geografia na 2ª fase.
Até que eu tô orgulhosa, poxa. Não imaginava que ia chegar tão longe. Não foi nenhuma Medicina, mas... Ah, não acabem com a minha festa! Passei na Federal!
Ah, eu queria tanto Letras... Mas tanto! Por isso, se eu não conseguir esse ano, eu tento no outro. E no outro, e no outro... Quantas vezes for preciso. Nunca me imaginei dizendo isso, mas lá vai: EU NÃO VOU DESISTIR! É meu sonho! (tipo livrinho de auto-ajuda!)
Tudo isso me serviu de lição. Se eu não tivesse cabulado as aulas, se tivesse estudado um pouquinho que fosse de Exatas, teria uma nota melhor na 1ª fase, aí a 2ª seria mais tranquila...
Mas tudo bem, o copo tá meio cheio!
Se não der Letras esse ano, eu tenho a Pedagogia. Vou até fazer estágio, vai ser massa. Crianças, me aguardem! (é, as crianças me adoram e eu tenho a maior paciência com elas.)
E vou fazer cursinho também, dizem que ajuda. No fim do ano é FUVEST de novo, que maravilha!

Pessoal, um conselho da Aninha: estudem!
Passar no vestibular é bom demais, mas não passar é um saco! Principalmente quando se trata do curso da sua vida.

Amem-se =)

Beijos, até a próxima!